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Ohhmaeee...

Eu, nós, eles, e o mundo à nossa volta.

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Eu, nós, eles, e o mundo à nossa volta.

29
Dez19

Quando “ela” apareceu...

Mãede2

Bem, começando pelo início, desde que me conheço que sou um pouco “sensível” a variadas coisas que possam causar qualquer dor, a mínima que seja. Desde levar vacinas, tirar sangue, qualquer ferida, entorse, seja o que for. Conta a minha mãe que sempre que ia apanhar vacinas simplesmente desmaiava depois. E mais tarde percebi que o mesmo acontecia com tirar sangue, ou após magoar-me de alguma maneira. Cheguei a pensar que fosse de ver o sangue, ou a agulha, mas depois outras situações em que não surgia qualquer uma dessas hipóteses fez-me perceber que tratava-se mesmo da própria dor em si.

Tive vários episódios em que isso aconteceu. Já falei nas vezes que ia apanhar uma vacina e simplesmente desmaiava (isto contado pela minha mãe), sendo que na altura até foram feitos vários exames mas sem nada acusarem. Há 30 anos atrás nem se pensaria em algo do género provavelmente, muito menos numa criança... E outros de que me recordo como se tivesse sido ontem, como estar a dar golpes nas castanhas com a minha avó, devia ter uns 12, 13 anos calculo  eu, e espetar a ponta da faca na palma da mão e cair de lado no carrinho da fruta (imaginem a coitada da minha avó a tentar levantar-me!); a tirar uma daquelas maravilhosas camisolas de lã e um dos fios ficar preso e puxar um dos meus muitos horríveis sinais (daqueles salientes que eu odeio!), senti-lo a arrancá-lo e dar um berro tal que a minha mãe apanhou um susto a pensar que me tinha magoado a sério (o que para mim se justificava pois a dor era excruciante🥺); estar no hospital a soro por um motivo qualquer de que já não me recordo, a enfermeira tirar-me a agulha do soro e, está claro o que se seguiu... caí para o lado! Pois ela decide colocar novamente o soro pois, pela experiência dela, eu ainda continuo fraca. Disse-lhe para não o fazer pois mal ela o tirasse eu iria desmaiar novamente. Claro que para ela eu estava a delirar, mas isto repetiu-se duas vezes até ela finalmente perceber que talvez eu soubesse do que estava a falar...; a vez em que, com o meu filho ao meu peito no canguru, e acompanhada da minha mãe, torci o pé e, após encostar-me a uma janela, a minha mãe apenas teve tempo para apoiar a cabeça do Mário, pois em segundos estava no chão. Foi um grande susto, quando vim a mim só pensava em como ele estava!!! O menino estava ótimo e eu não me recordo das dores no pé.

Bem, estes são apenas alguns exemplos... mas desta última, o que me ficou na memória foi o facto do médico, depois de ter contado o que aconteceu e dar outros exemplos semelhantes, explicar-me que muito provavelmente esse problema devia-se a um nervo que nós temos que está ligado à dor e que no meu caso, o mesmo não processar bem a informação ao cérebro, ou seja, passá-la de maneira mais acentuada. Não sabia se seria o caso ou não, mas fiquei a pensar naquilo. Talvez o problema já existisse desde sempre, mas latente, e certo episódio o tenha espoletado. 

O que e certo é que em 2017, algo o fez acontecer...