Viver em constante luta contra a dor, a fadiga, o esgotamento, a tristeza, a apatia, a angústia!
Ter de manter o permanente sorriso para quem está de fora, ainda que por dentro sintas completamente o oposto.
Ter de buscar todas as tuas forças e coragem para conseguires obrigar o teu corpo, que se sente atropelado, levantar-se pela manhã.
Aguentar o mesmo corpo que pesa como uma pedra e dói, todo ele, de todas as maneiras possíveis e imagináveis, em pé as longas horas que demoram até poderes te deitar e fechar os olhos novamente e pensar que já vai passar...
Finalmente mentalizei-me de que tão cedo não irei ter a minha casa arrumadinha a toda a hora e de que não há mal nenhum nisso!
Com 2 crianças, uma delas ainda nem com os 2 anos feitos, é difícil conseguir manter tudo no sítio, principalmente brinquedos. Passados poucos minutos lá vem ela por trás e manda tudo ao chão novamente!
Logo, de que vale andar a stressar-me com a casa em pantanas! Quem cá vier de certo compreende o que é ter bebés, senão, então que fique do lado de fora, sff!
O cansaço já é demasiado ao chegarmos a casa para ainda darmos cabo das nossas cabeças por causa disso em vez de aproveitarmos esses bocadinhos! Quando ela for mais crescidinha logo tenho a casa num brinquinho tipo foto de revista em que até nos dá a ideia que ninguém lá vive!!!
Com o rabo preso na porta, o gato tentava soltar-se de todas as maneiras não fosse o dono apanhá-lo mais uma vez a mexer no saco das compras. Ia sempre cheirar a ver se lhe calhava alguma guloseima, mas daquela vez surpreendeu-se ao ver que lá dentro estava uma caixa com uma bola peluda e castanha. Quando a bola se mexeu, deu um pulo para trás e eriçou o pelo preto antes de se virar disparado e ficar preso ao empurrar furiosamente a portinhola da cozinha. Ouviu novamente a porta da rua, o dono voltava com mais sacos, provavelmente os que teriam as suas guloseimas. O dono, ao entrar, ficou especado a olhar para ele, pousou os sacos e desatou a rir. "Caramba! Quase que conseguia!", pensou para si olhando para o dono que gozava descaradamente com ele. Este não fez menção de o ir libertar, calmamente foi buscar uma tesoura dirigiu-se para o saco onde estava a bola de pêlo e, agora a cantarolar, cortou os atilhos que prendiam a portinha que mantinha fechada a caixa onde estava aquela "coisa" estranha. Só quando a tal coisa saiu de dentro da caixa percebeu finalmente o que era. Para grande mal dos seus males, o dono tinha trazido um cão para casa?! Como teria ele sido capaz de o trair daquela maneira?!! Estava chocado, magoado, espezinhado e principalmente receoso. Agora seria posto em segundo plano. Não seria mais a sua "mascotinha peluda favorita" como lhe costumava chamar. Agora seria apenas o outro ser peludo a viver naquela casa. Estava já prever o seu futuro: via, nas próximas horas, um derramamento de sangue...
Chegou finalmente a minha vez de apanhar a primeira dose da vacina (a Pfizer), e devo dizer que estava algo apreensiva. Não obstante o meu histórico com as vacinas, colheitas de sangue e outros afins... não me preocupava o desmaiar ou sentir dor ou mesmo a combinação dos dois ao ver a seringa que me iriam espetar! O que mais me estava a preocupar era a reacção à mesma.
Durante todo o período de vacinação tenho-me deixado ficar um pouco de parte de todos os debates e polémicas decorrentes dos variados e diferentes tipos de vacina: umas que são nada mais que o próprio vírus, outras que se baseiam no ARN-mensageiro, etc. Alguns já tinham até preferência em relação à marca que queriam tomar... Preferi sempre não me pronunciar muito nem fazer muitas perguntas relativamente ao assunto, até porque, para além da opção de escolha entre ser ou não vacinado, não existe -pelo menos de que eu tenha conhecimento!- uma outra que nos permita escolher qual delas vamos querer... como se estivéssemos a escolher entre um M&M's vermelho ou azul! (Não sei porque me lembrei dos M&M's...) Nesse aspecto estamos mesmo nas mãos da DGS e dos seus métodos de seleção para cada uma das vacinas, logo não vejo qual a vantagem em estarmos a sofrer por antecipação!
Há depois os que não a querem tomar por acharem que esta lhes irá alterar o código genético... Não sei, mas penso que aqui já será um pouco exagerado e inclino-me mais para algumas teorias da conspiração...
Claro que cada um tem a sua opinião, no entanto faz-me lembrar um pouco um assunto semelhante que criou também várias polémicas, que gerava em torno de alguns pais não quererem, ou de não chegarem mesmo a vacinar os seu filhos. Estou em crer que as vacinas são criadas para o nosso bem, o da saúde pública, e não o contrário. Prova disso é o facto de apenas uma percentagem muito pequena de casos sofrer algum tipo de reação às mesmas. Evidentemente que não podemos achar que após a toma estamos completamente livres de qualquer infecção (a sua capacidade de resposta não chega aos 100%), esta serve sim como um reforço ao nosso sistema imunitário, não devendo por isso relaxar nas medidas impostas pelas DGS e OMS.
Penso, por isso, que assim como todas as vacinas estabelecidas pelo Sistema Nacional de Saúde logo ao nascermos, devemos também aceitar esta como mais uma munição contra este vírus que afecta a nossa saúde em geral!
Falei aqui há dias sobre o atendimento ao público. Pode ser considerado atendimento todo e qualquer serviço prestado ao público, seja ele numa loja física, online, ou mesmo os próprios transportes públicos. Sendo assim, partilho aqui uma situação vivida por mim há uns dias.
A caminho do autocarro no regresso a casa, tive de correr um pouco para o poder apanhar, no entanto, ao entrar atrás de outro passageiro, no momento em que vou pôr o pé dentro deste a porta fecha-se e empurra-me fazendo-me cair. Com alguma ajuda da mesma passageira que vinha à minha frente levantei-me entrando na viatura sem que o motorista tivesse sequer se levantado para ajudar ou perguntado se estava bem ou mesmo se precisava de algo, apenas pedindo desculpa - de uma forma muito indiferente devo dizer - pois não me tinha visto... (Pelo menos seguiu umas das regras da Boa Educação!) Após sentar-me voltei atrás e pedi o nome deste, sem qualquer insinuação de reclamação, mas visto o meu marido ser colega poder conhecê-lo, ao que me respondeu, com alguma arrogância, que não dava o nome mas poderia dar o número de ordem e dizendo-me que se quisesse reclamar seria com este. Referi que não tinha falado em reclamação, e perguntei apenas se ao iniciar o fecho da porta não olhava para o espelho.
Vejam: apenas questionei isto pois por várias vezes o meu marido me diz que quando vai fechar a porta vê, através do espelho, alguém a correr e espera sempre um bocadinho, logo pensei que teriam todos o mesmo procedimento. Reparem, não no sentido em que tenham a obrigação de esperar pela pessoa, mas pelo simples facto de precaução e prevenção de situações como esta... Posto isto, este Sr. o qual não posso tratar pelo nome visto não me ter sido fornecido, respondeu bruscamente, e passo a citar: "Agora tenho que olhar para o espelho querem ver...", após esta resposta não me permitiu mais falar começando a levantar a voz e a ser extremamente rude. E como comportamento gera comportamento, vários passageiros, levados pelos gestos bruscos e altivos do Sr. Motorista, viram-se eles mesmos impelidos a começar a protestar ao mesmo tempo, sem que eu conseguisse perceber se me estariam a dar razão ou a vaiar... (Talvez até fosse mesmo a última opção..., estão em seu pleno direito de não concordar comigo!)
Independentemente de ter qualquer culpa ou não, de me ter magoado ou não, ou até mesmo de ter sido ou não prestado qualquer tipo de auxílio, penso estar igualmente no meu direito de reclamar, não por qualquer umas das ultímas três razões (até com alguma validade, penso eu de que...), mas pela forma como fui confrontada agressivamente e com alguma má educação, única e exclusivamente, e estando (volto a reforçar) no meu direito, por pedir o nome da pessoa e questionar o mesmo.