O lado obscuro da mente
Deparei-me há uns dias com esta notícia e percebi que ainda há muito a aprender e compreender pelo ser humano no que toca a solidariedade. Ainda há muito para crescer.
Ainda há muito preconceito para com a doença mental, seja ela a depressão, a ansiedade, ou uma qualquer outra que possa afetar o nosso estado de espírito, mental e físico, a nossa maneira de estar, o nosso humor.
Ainda há muito a entender que nenhuma dessas situações são algo que se possa fingir ou dissimular. Não é algo de que se consiga fugir. Ela testa os nossos limites e vontade de viver. Tem períodos de crise em que chega a fazer-nos passar pela vontade de não se querer viver mais. E períodos de calma, alguma sensação de paz, que nos pode deixar conseguir disfrutar um pouco mais dessa mesma vida da qual se quer, por vezes, fugir.
Isso pode dar, a quem está do lado de fora, uma sensação de fingimento, de farsa. Para quem está lá dentro são alturas de alguma felicidade a que se quer agarrar antes de se cair novamente num vazio inexplicável a que muitas vezes não se consegue escapar.
É assim mesmo a mente humana. Com lados mais escuros que não se conseguem explicar, que afetam muitos de nós e a cada um de maneiras diferentes. Todos temos esse lado escondido, pronto a sair.
Cada um de nós tem a sua bagagem emocional. Cada um tem um lado de luz e outro de sombra. Só temos de saber respeitar cada um e a sua maneira de lidar com os mesmos!